Buenas, a Priscila Berselli e a Samille Machado se tornaram amigas na faculdade de Arquitetura e Urbanismo, onde as duas se formaram juntas. Em 2014, a Priscila, que sempre foi apaixonada por Design, entrou numa pós-graduação de Design Moveleiro, para aprofundar mais as experiências com móveis e marcenaria.

O contato que a Priscila teve nas aulas com os resíduos e retalhos descartados pelas indústrias, despertaram nela uma curiosidade de pesquisar e entender mais sobre aquilo e o que poderia produzir a partir destes materiais.

Sem dar muita atenção e sem perceber, começou a nascer o novo negócio das meninas: um empreendimento de sucesso e totalmente vegano.

Das suas ideias, pesquisas e compreensão do material, ela chegou no conceito final: acessórios.

A empresa veio como um contraponto da arquitetura. A arquitetura é maior, mais pesada, e tem um impacto muito maior. Destrói tudo para depois construir. Reformas ou começar do zero, tanto faz, tudo demanda mais recurso e energia. E a Côté vem como algo mais leve, de poder reaproveitar, fazer o que eu quiser. Sem seguir o briefing do cliente. Ela é mais livre.

O processo de produção funciona assim: primeiro, ela coleta os materiais – que variam entre MDF, madeira de lei, etc. Na hora de recolher, escolhe a dedo o que quer,  com os tamanhos que serão melhor adaptados para a produção. Depois, tudo é medido, e aí começa o trabalho de criação e desenho. Ela manda cortar tudo a laser.

No final, cada tipo de material tem um acabamento diferente, que precisa ser feito por ela, à mão: lixar, passar óleo, limpar, selar. Depende de que material está trabalhando. Em média, são fabricadas e vendidas 100 peças por mês.

Toda a montagem sou eu que faço!

As peças tem seu olhar arquitetônico, que une a arquitetura com o design: muito mais em evidência e aguçado do que o lado fashion da marca. Este é o diferencial da Côté.

Arquitetura e design, para mim, se misturam muito. Eu penso arquitetura numa forma mais design, e penso design de uma forma mais arquitetura.

A marca é vegana. Ou seja, totalmente livre de produtos de origem animal em todos os processos até chegar a peça final que é vendida. A Priscila conta que a ideia de implantar valores como cruelty free (livre de crueldade) vem, também, de suas pesquisas sobre a sustentabilidade.

Passei a me questionar do porque usamos produção animal e para que.

Se dá para fazer jóias sem o uso animal, o resto é possível também, certo? Pensando assim, a Priscila tá num estado de reconhecimento, vegetariana. E também deixando outros hábitos alimentares para trás para se igualar à marca.

Os planos são aumentar o leque de produtos oferecidos e fazer bolsas de borracha. Já imaginaram quanta coisa linda da pra fazer?

Dá uma conferida nos produtos que a Côté produz:

• Cintos;
• Brincos;
• Colares.